República Popular Democrática da Coréia – RPDC - 25 milhões por um país soberano e único!
Entre os dias 24 a 30 de julho, em Pyongyang, a Confederação das Mulheres do Brasil integrou a delegação da FDIM que participou das comemorações do 60º aniversário da vitória da RPDC na guerra da Coréia de 1950 a 1953.
De 1910 a 1945 patriotas coreanos, liderados pelo líder Kim Il Sung, lutaram contra a invasão dos colonialistas japoneses e libertaram a Coréia. Após a conquista da liberdade e com a crescente unidade do povo para reconstruir o país, o imperialismo norte-americano incapaz de submeter a península coreana a seus interesses invadiu o país contando com exércitos de mais 12 países. Foi o início da Guerra da Coréia realizada pelos EUA para submeter o país aos interesses políticos, econômicos e belicistas do império norte-americano na região.
A Guerra da Coréia, de 1950 a 1953, resultou em 3 milhões de mortos, 610 mil casas e 7.700 escolas destruídas, 371 mil hectares de terras cultivadas e dizimados com 10 mil bombas bacteriológicas, crimes de guerra realizados diretamente pelas tropas norte-americanas que até hoje continuam impunes.
Em 1953, a resistência patriótica impôs a primeira derrota das tropas norte-americanas e parceiros invasores obrigando a assinatura do armistício e garantiu que ao menos a parte norte da Península continuasse seu caminho pela construção de um país soberano. A parte norte da Península, dirigida por Kim Jong Un e o Partido do Trabalho da Coréia, fundado por seu avô Kim Il Sung e fortalecido por seu pai, Kim Jong Il continua a luta de seus antepassados patriotas para que a Coréia volte a ser um único país.
Patriotas de toda a península coreana lutam pela Coréia Única, pelo fim do paralelo 38 estabelecido pelos norte-americanos com o objetivo de garantir seus interesses ao menos na parte sul e pela assinatura do Tratado que assegure a paz para a região.
Foto: Márcia Campos, Gláucia e a vice-presidente da União de Mulheres da RPDC, Chae Chun Hui, com Ramsey Clark, presidente do IAC/EUA, Instituto norte-americano que atua contra o belicismo do país.
Delegação de Solidariedade da FDIM

(foto da delegação FDIM visita local de nascimento do Kim Il Sung)
Nas comemorações deste ano, no dia 25 de julho, Márcia Campos, presidenta da FDIM foi oradora no Ato pela punição dos EUA pelos crimes cometidos na província de Shonsian local onde foram assassinados 35mil civis, a maioria mulheres e crianças.

A destacada participação da mulher na luta da RPDC pelo Desenvolvimento
A RPDC é um país com massiva participação popular e feminina que assume seus líderes Kim Il Sung, Kim Jong Il e Kim Jong Un como sínteses dos esforços da Nação para se libertar do colonialismo japonês, logo após do imperialismo ianque e, nesses mais de 60 anos, após a Guerra da Coréia, para reunificar o país e se libertar dos atrasos promovidos pela exploração estrangeira que sofriam e pelo Bloqueio Econômico que enfrentam.
Para tanto, e acertadamente, decidiram investir em sua industrialização em todas as áreas e no fortalecimento de seu exército preparando-o em armamentos e equipamentos dos mais variados tipos para atender as necessidades de defesa. (Foto: Gláucia entrega edição da autobiografia de Kim Il Sung - O transcurso do Século, vol. I – traduzida para o português por Rosanita Campos, ex-presidente da CMB)


(foto Márcia Campos – FDIM no Centro de Artes)
Kim Jong Il, até o comando de aviões, navios, tanques de guerra, satélites, fábricas, escolas, nas artes na área médica, tecnológica e científica, na agricultura.
A erradicação da FOME na Coréia do Norte é desafio que foi agravado com as enchentes da década de 90. O crescimento da agricultura em um país muito montanhoso com apenas 20% de solo cultivável e inverno rigoroso a menos de 30 graus tem sido possível com avanços em tecnologia, criatividade, respeito á natureza e tradições. A alimentação saudável da cultura coreana baseada em legumes, carnes, arroz, massas à base de arroz e frutas garante ao povo e especialmente às mulheres além de saúde uma silhueta elegante e livre das doenças da obesidade como a hipertensão e as doenças cardíacas. Evidentemente essas doenças ocorrem, mas não como uma verdadeira epidemia e fruto da importação de hábitos ocidentais prejudiciais inclusive em seus países de origem. A fruta típica é a maçã e atualmente o desafio é aumentar ainda mais a diversidade de opções com o plantio de espécies de frutas tropicais.
Transporte Coletivo de qualidade e com preço justo!
O transporte em ônibus elétricos de dois andares ou de apenas um andar, de trem e de metrô que continua sendo ampliado e é o mais profundo do mundo é garantido essencialmente pelo Estado. O povo paga apenas 20 centavos de dólar e aumentos não ocorrem. O transporte coletivo é o meio de transporte principal. Poucos carros ocupam as largas, limpas e arborizadas avenidas e ruas libertando a população da capital de mais de 3.5 milhões de habitantes da poluição e trânsito infernal. A aviação vem sendo ampliada e modernizada para dentro e fora do país que já fabrica 7 tipos de aviões para esse fim. Com o aumento do turismo, das relações culturais e políticas bem como com os esforços quanto ao enfrentamento do Bloqueio Econômico, as obras de modernização e ampliação do Aeroporto de Pyongyang são a primeira demonstração da determinação do governo coreano em receber muito bem todos os visitantes.
Educação obrigatória por 12 anos e gratuita com 99% da população alfabetizada

Visitamos o Palácio dos Estudos para Adultos fundado em 1982 (foto, uma das 20 salas de 250 lugares para estudos).
A estrutura de 100 mil m² recebe em média 5.000 pessoas diariamente e possui 30 milhões de livros principalmente de ciências e tecnologia. São realizadas conferências, oficinas de debates, cursos de mais de 100 línguas estrangeiras gratuitamente com o monitoramento de mais de 100 professores das universidades que também se dedicam ao
Palácio utilizado por toda a população mediante documento de identificação. Com informatização no atendimento e para a realização dos estudos o local só fecha 2 dias por mês e centraliza as bibliotecas menores existentes em cada bairro de todos os distritos da capital sendo também interligado com as bibliotecas das províncias e distritos de todo o país. A população é sempre incentivada a aumentar o índice de leitura com metas a alcançar. Recentemente a meta era de ao menos 250 páginas ao mês sendo que Kim Jong Il estimulava os secundaristas a ler ao menos 20 páginas ao dia.
A proteção e o investimento nas crianças

Nesses jardins de infância maiores as crianças podem também ficar de uma semana até a um mês dependendo das necessidades dos trabalhos dos pais. Cada bairro de cada distrito de Pyongyang possui uma estrutura de ao menos 7.600 m² para esse atendimento. As professoras (es) são valorizadas e todas possuem cursos pedagógicos universitários sendo consideradas a raiz da Árvore Forte.

Restaurantes e lavanderias públicas libertando a mulher do serviço doméstico
As mães não sofrem com fechamento de escolas e creches ou falta de vagas para ter acesso a um direito básico como a educação e saúde de seus filhos. A Universidade não é obrigatória, mas é estimulada e gratuita em todos os níveis inclusive o doutorado.
As mães que possuem a partir de três filhos na escola trabalham seis horas por dia, duas horas a menos e recebem o mesmo salário que os homens. A família conta com lavanderias e restaurantes públicos o que proporciona as condições para que todos os membros avancem em estudos e participem das atividades políticas e culturais. As mulheres tem direito a 5 meses de licença-maternidade (dois meses antes do parto e três após o parto) e os homens a 15 dias de licença paternidade.
Com a economia atingindo 8.5 em crescimento o índice de natalidade vem crescendo novamente e atingindo de 2 a três filhos por família. Na RPDC existe um médico para cada cinco famílias. A expectativa de vida era de quase 70 anos até 1992. Atualmente é de mais de 80 anos.
Saúde da Mulher

(foto: visita ao Hospital dos Tumores) principalmente nos distritos com exames preventivos a partir de 35 anos. O câncer de útero é tratado no Hospital ao lado fundado em 1960 que possui 1920 leitos, 70 mil m² e atende 200 mil mulheres por ano tratando também problemas de hipertensão, coração e outras necessidades. O hospital é também Maternidade com uma média de nascimentos de 50 crianças e de 3 óbitos maternos/ano desde a fundação. A cada 100 partos apenas 12 são cesarianas.
Comemorações são organizadas por milhares de pessoas
Toda essa trajetória de lutas e conquistas é celebrada em atividade culturais que mobilizam milhares de participantes como o Balé Arirang apresentado em um Estádio para 150 mil das quais ao menos 30 mil são jovens estudantes secundários que realizam coreografias desde as arquibancadas. Sendo assim, o Balé é apresentado por pessoas que treinam durante o ano todo. É um Balé ópera que relata a saga do povo e seu Líder Kim Il Sung desde o início do século passado para libertar o país na guerra anti-japonesa, depois a Guerra da Coréia, de 1950 a 1953, a construção do socialismo no norte da Península e a constante luta pela reunificação.
O desfile das Forças Armadas conta com a participação popular e a celebração é marcada pela confiança de todos de que a defesa do país é essencial para garantia dos avanços obtidos até agora. A decisão de milhares de homens e mulheres que desfilaram durante duas horas é defender toda essa trajetória de conquistas obtidas com muita luta das últimas gerações até hoje.
Embaixada do Brasil na RPDC recebe Delegação da FDIM

O Embaixador solicitou que a CMB estimule a troca de cartas entre escolas dos dois países; solicitou também a doação de livros e discos para o Palácio de Estudos para o maior intercâmbio cultural e convidou a delegação a voltar ao país em setembro para participar dos Shows que a Embaixada do Brasil/Governo brasileiro promoverá na capital com a cantora lírica brasileira Marília Vargas.
Ao final do jantar a CMB presenteou a Embaixada com uma bandeira do Brasil (fotos, Embaixador do Brasil na RPDC Roberto Colin, sua esposa Svetlana, Thiago Medeiros, diplomata brasileiro e delegação da FDIM e a doação da bandeira do Brasil tecida pelas mulheres à Embaixada realizada pela CMB).

A delegação da FDIM também homenageou com flores a heroína da guerra anti-japonesa, Kim Jong Suk, esposa de Kim Il Sung.
A CMB agradece a todos (as) parceiros e parceiras que colaboraram financeiramente para o custeio da viagem de sua presidente, Gláucia Morelli. Em especial o Sindicato dos Telefônicos de São Paulo e à Nova Central Sindical/SP e nacional e à empresa aérea Air China que colaborou com o hotel na cidade de Beijin - China durante uma das conexões. Agradecemos também a hospedagem e alimentação viabilizada pela RPDC, através da União de Mulheres da Coréia e a acolhida e apoio das companheiras, em especial da vice-presidente da União, Sra, Chae Chun Hui e da querida tradutora Kan.
São Paulo, 10 de agosto de 2013
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